terça-feira, 17 de junho de 2014

Cálculo da área de iluminação de Quarto, Sala, Cozinha


É necessário definir o número de pessoas que um edifício plurihabitacional pode abrigar, considerando-se o número de dormitórios de cada apartamento inclusive o dormitório de empregada e apartamento do zelador:
1 dormitório = duas pessoas
2 dormitórios = três pessoas
3 dormitórios = cinco pessoas
4 dormitórios = sete pessoas
5 dormitórios = nove pessoas etc.
Para uso comercial adota-se:
  • sala de área = 14,00 m² será equiparada a um dormitório
  • sala de área superior a 14,00 m², terá seus índices calculados na base de um habitante por 7,00 m² ou fração.
CÁLCULO DA CAPACIDADE DAS CAIXAS D´ÁGUA
  1. n.º de habitantes por aptº x n.º de aptos por andar x n.º andares + 2 habitantes zeladoria = USUÁRIOS
  1. USUÁRIOS x 200 litros x 2 dias (sem água) = CAPACIDADE TOTAL DAS CAIXAS D’ÁGUA
  1. Caixa d’água superior = 40% da capacidade total + 10.000 de segurança (incêndio)
Caixa d’água inferior = 60% da capacidade total
DENSIDADE DEMOGRÁFICA
N.º de habitantes do edifício : área total do lote = habitantes por metro quadrado
  1. ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO
Todo compartimento deve ter, em plano vertical, ao menos uma abertura para o exterior. Essas aberturas devem ser dotadas de persianas ou dispositivos que permitam a renovação do ar. Nos compartimentos destinados a dormitórios, não será permitido o uso de material translúcido, pois é necessário assegurar nesse compartimento sombra e ventilação simultaneamente.
As áreas dessas aberturas serão proporcionais às áreas dos compartimentos a iluminar e ventilar, e variáveis conforme o destino dos cômodos.
As frações que representam as relações entre áreas de piso e de esquadrias que apresentaremos, são as mínimas. Por isso sempre que houver disponibilidade econômica, os vãos devem ter as maiores áreas possíveis.
Os vãos de janelas deverão ter:
I. DORMITÓRIOS (local de permanência prolongada, noturna)
A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/5 da área do piso,quando derem para áreas abertas ou diretamente para o exterior.
Pôr exemplo: uma sala de 2,50 m x 4,80 m, tem 12,00 m², logo não poderá ter janelas cuja área seja menor que 1/5 de 12,00 m², ou seja 2,40 m².
II. SALAS DE ESTAR, REFEITÓRIOS, COPA, COZINHA, BANHEIRO, WC etc. ( local de permanência transitória diurna )
A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/6 da área do piso de cada compartimento quando derem para áreas abertas ou diretamente para o exterior.
Pôr exemplo: uma cozinha de 2,00 m x 3,00 m, tem 6,00 m², logo não poderá ter janelas cuja área seja menor que 1/6 de 6,00 m², ou seja 1,00 m².
Essas relações serão de 1/5 e 1/7, respectivamente, quando os vãos abrirem para áreas cobertas ou varandas e não houver parede oposta a esses vãos a menos de 1.50 m do limite da cobertura dessas áreas.
Estas relações só se aplicam às varandas, alpendres e marquises, cujas coberturas excedam a 1.00 m e desde que não exista parede nas condições indicadas:
a. A relação passará para ¼ e 1/5 respectivamente , quando houver a referida parede a menos de 1.50 m do limite da cobertura .
b. As aberturas nos dormitórios que derem para áreas cobertas são consideradas de valor nulo para efeito de iluminação e ventilação .
c. Em hipótese alguma serão permitidas aberturas destinadas a ventilar e iluminar compartimentos com menos de
  • 1,20 m2 para áreas de utilização prolongada
  • 0,60 m2 para áreas de utilização transitória
d. Também não serão considerados como iluminados e ventilados os pontos que distarem mais de 2 vezes o valor do pé direito , quando o vão abrir para área fechada , e 2 vezes e meia para os demais casos.
- As janelas devem, se possível, ficar situadas no centro das paredes, por uma questão de equilíbrio na composição interior.
- Quando houver mais de uma janela em uma mesma parede, a distância recomendável entre elas deve ser menor ou igual a ¼ (um quarto) da largura da janela, a fim de que a iluminação se torne uniforme.
- Com janelas altas consegue-se iluminar melhor as partes mais afastadas da abertura.
- A iluminação e ventilação por meio de clarabóias serão toleradas em compartimentos destinados a escadas, copa, despensa, oficina, e armazém para depósito, desde que a área de iluminação e ventilação efetiva seja igual à metade da área total do compartimento.
- Quando a iluminação do compartimento se verificar por uma só de suas faces, não deverá existir nessa face pano de parede que tenha largura maior que 2 vezes e meia a largura da abertura ou a soma das aberturas .
- As escadas serão iluminadas em cada pavimento por meio de janelas ou de vitrais os mais alto possível e que podem ser parcialmente fixos.
- As oficinas bem iluminadas geralmente possuem janelas altas , de pequena altura de verga e de grande altura de peitoril .
TABELA DE DIMENSIONAMENTO MÍNIMO PARA VÃOS DE PORTAS
Altura mínima livre
2,00 m
Uso privativo para acesso a unidade
0,80 m
Uso comum/coletivo ou de acordo com norma da ABNT
1,20 m
Acesso a gabinetes sanitários, banheiros e armários privativos
0,60 m
0,90 m p/ def. físico
Demais
0,70 m
Quanto à iluminação e à ventilação, e iluminação artificial e indireta, SEMPRE consultar o Plano Diretor Físico, Código de Edificações, Código de Posturas do Município de Montes Claros.
Para detalhes consultar NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura
Exemplo de legenda para dimensionamento de esquadrias:

TABELA DE VÃOS

PORTAS
JANELAS
DESCR. QT.
LARG. (m)
ALT.(m)
DESCR. QT.
LARG. (m)
ALT.(m)
PEITORIL(m)
P1
J1
P2
J2
P3
J3
P4
J4
Exercícios :
1.Um quarto tem ( 3.00 x 4.00 ) m , possui pé direito de 2.80 m . Calcular a área de iluminação e ventilação mínima, sabendo - se que a altura máxima da janela deverá ser a mesma da altura da porta ( 0.80 x 2.10 )m.
2.Qual o coeficiente de iluminação e ventilação de uma sala com (4.20 x5.30) m e 2 janelas de ( 1.00 x 1.80 ) m cada uma ?
3. Calcular uma janela com formato circular para um banheiro de (2.50 x 1.20)m, sabendo se que o coeficiente de iluminação e ventilação é de 1/8.
10. ESTATÍSTICA
A estatística do projeto geralmente é colocada pouco acima da legenda, se possível.
Nela colocamos :
a. Área do lote em m2
b. Área da construção ( térreo , superiores ... , todos em separado ) em m2;
c. Área total da construção em m2
d. coeficiente de aproveitamento = área da construção total : área do lote
e. Taxa de ocupação = ( área da construção térrea : área do lote ) x 100 %
Obs.: Caso haja construções existentes, indicar também a área correspondente com o respectivo número do protocolo de aprovação.
EXERCÍCIOS
1.Relacionar as colunas:
( 1) Elevações
( 2) Corte
( 3) Ático
( 4) Subsolo
( 5) Tipo
( 6) Mezanino
( 7) Térreo
( 8) Cobertura
( ) barrilete
( ) telhado
( ) garagens
( ) fachadas
( ) salão de jogos
( ) guarita
( ) caixa d’água
( ) demarcação de recuos
( ) apartamentos
( ) centro de medição
( ) salão de festas
( ) apto. zelador
( ) casa de máquinas
( ) depósito de lixo
( )salão de ginástica
( )vestiário p/ funcionários
( ) depósito de gás
( ) sauna
( ) play ground
( ) piscina
( ) área de lazer
( ) espaço técnico
( ) cotas verticais
( ) rampa para deficiente físico
  1. A
    LE CORBUSIER
    Notre Dame du Haut, Ronchamp, France
    planta a seguir foi desenhada SEM ESCALA, copiar TODOS os detalhes da planta na escala 1:50. Depois calcular a área de cada compartimento e representar o CORTE AA’ na escala 1:50, não é necessário desenhar o telhado.
Considerar:
Paredes externas e internas = 0,20 m Portas = 0,60m x 2,10m (banheiro)
Muro = 0,15 m (larg.) e 1,80 (altura) 0,80m x 2,10m (demais)
Pé-direito = 3,00 m Janelas = 3,00m x 1,20m x 1,20m (sala)
Espessura da laje = 0,15 m 1,60m x 1,20m x 1,20m (coz.)
Beiral do telhado = 0,60 m 1,50m x 1,20m x 1,20m(dorm.)
1,50m x 0,90m x 1,50m (banh.)
Referência Bibliográfica:
  • MONTENEGRO, Gildo A.; Desenho arquitetônico; São Paulo: Edgar Blucher, 2001; ISBN 8521202911
  • CHING; Francis D. K.; Representação gráfica em arquitetura; Porto Alegre: Bookman Editora; ISBN 8573075260
  • CHING; Francis D. K.; Técnicas de Construção Ilustradas; Porto Alegre: Bookman Editora; ISBN 8573075279
  • BORGES, Alberto Campos, MONTEFUSO, Elizabeth e LEITE, Jaime.Prática das Pequenas Construções - São Paulo - Editora Edgard Blucher, 1996.
  • NEIZEL, Ernest Desenho Técnico para a Construção Civil - São Paulo - EDUSP, 1974.
  • OBERG, L.Desenho Arquitetônico - Rio de Janeiro - Editora Ao Livro Técnico, 1976.
  • CORONA, Eduardo, LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. Dicionário da arquitetura brasileira. São Paulo: Companhia das Artes, 1998 - 474p.
  • NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura
  • NBR 8196 - Emprego de escalas em desenho técnico
  • NBR 8402 - Execução de caractere para escrita em desenho técnico
  • NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas
  • NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico
  • NBR 10068 - Folha de desenho - leiaute e dimensões
  • NBR 10647 - Desenho técnico
  • NBR 12298 - Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico
  • NBR 13142 – Dobramento de cópia de desenho técnico.
http://www.ebah.com.br/

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