segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

BIOFERTILIZANTES: ALTERNATIVA SIMPLES E SUSTENTÁVEL: ALTERNATIVA SIMPLES E SUSTENTÁVEL




O biofertilizante líquido pode promover um perfeito estado nutricional ao vegetal, uma maior resistência e/ou tolerância a fitomoléstias, um efeito estimulador e fitohormonal, um efeito repelente e controlador de insetos-pragas fitófagos, um maior equilíbrio entre o vegetal e o ecossistema.


Biofertilizantes: alternativa simples e sustentável
O biofertilizante líquido pode promover um perfeito estado nutricional ao vegetal, uma maior resistência e/ou tolerância a fitomoléstias, um efeito estimulador e fitohormonal, um efeito repelente e controlador de insetos-pragas fitófagos, um maior equilíbrio entre o vegetal e o ecossistema e, principalmente, não agride ao homem e nem aos animais domésticos e silvestres, por não possuir qualquer tipo de resíduos tóxicos e contaminantes, tornando-se uma alternativa viável e acessível para uma alimentação mais saudável.
O Biofertilizante Líquido foi desenvolvido por técnicos da EMATER-RIO e tem a finalidade de apresentar uma alternativa viável ao homem do campo, dando-lhe condições de produzir alimentos mais sadios, isentos de agrotóxicos e sem contaminar o meio ambiente, mantendo-se viável a qualidade de água e solo.
A forma de obtenção é simples e barata. Basta fermentar esterco fresco e urina, provenientes de animais ruminantes (bovinos, caprinos ou ovinos), em sistema fechado, com ausência de ar (anaeróbico ou metanogênico), de preferência oriundo de gado bovino leiteiro que possua uma alimentação mais balanceada e rica, aumentando a qualidade do produto.
O esterco e a urina são misturados em partes iguais (1:1:1) com água pura, não clorada, e colocados em uma bombona plástica (200 litros), deixando-se um espaço vazio de 15 a 20 centímetros no seu interior, que servirá como câmara de acúmulo de gás metano. Na dificuldade de se obter a urina, pode-se substitui-la por água, ficando a mistura na proporção 1:1.
A bombona é fechada hermeticamente e adapta-se à sua tampa uma mangueira plástica fina. A outra extremidade da mangueira é mergulhada em uma garrafa com água (selo d'água) para permitir a saída do gás metano produzido no sistema e evitar a entrada do oxigênio, o que alteraria o processo fermentativo e a qualidade final do produto.
A fermentação terá a duração de três a quatro semanas, dependendo da faixa de temperatura ambiente, sendo que em período de inverno esta fermentação poderá necessitar de mais uma semana para se completar. O material, após ser devidamente fermentado, deverá ser diluído em água, nas devidas concentrações de utilização, deixar decantar e coar em tela fina, e logo em seguida ser aplicado na lavoura, não devendo ser armazenado após sua diluição. Poderá também ser armazenado por um período de 30 a 60 dias, desde que permaneça dentro da bombona, no sistema fermentativo, não devendo ultrapassar muito este prazo, o que poderá reduzir a sua qualidade e propriedades.
O  biofertilizante líquido pode ser utilizado de diversas  maneiras,  sendo  que o método mais eficiente é a aplicação de pulverizações foliares,  as  quais promovem um efeito mais rápido.   Nas pulverizações, o  produto deverá cobrir totalmente as folhas e ramos  das  plantas, chegando  ao  ponto de escorrimento, para um maior contato do produto com a planta.
O efeito nutricional é obtido a partir das concentrações mais baixas (5% a 10%), para a obtenção de efeitos fungistático e bacteriostático, deverá ser aplicado em concentrações mais elevadas (10% a 20%).
Em olericultura, em lavouras de ciclo curto, recomenda-se a aplicação semanal, em lavouras de ciclo médio, até seis meses, as aplicações deverão ser semanal ou quinzenal, e em lavouras de ciclo longo, até um ano, as aplicações poderão ser quinzenal ou mensal. 
Em fruticultura recomenda-se aplicações quinzenais ou mensais, dependendo do estágio de desenvolvimento do vegetal, evitando-se aplicar o produto em estágio de floração intensa. As concentrações poderão ser sempre as mais elevadas (10% a 20%), sem risco de causar fitotoxidade.

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